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Quinta da Taboadella acolhe seminário técnico com Amine Ghanem, da Dom Pérignon

Quinta da Taboadella acolhe seminário técnico com Amine Ghanem, da Dom Pérignon

4 Dez / 2025   Artigo

O enólogo conduziu o encontro com profissionais portugueses, partilhando a sua experiência sobre o terroir de Champanhe e o impacto enológico da rolha de cortiça na maturação das Cuvées Dom Pérignon.

Em junho, a Quinta da Taboadella, no Dão, foi palco de um encontro único entre o saber-fazer francês, a melhor tradição dos vinhos de Champagne, e a vibrante enologia portuguesa - um dia de partilha e aprendizagem sobre o processo tirage e do papel da rolha de cortiça na segunda fermentação dos vinhos espumantes. Pela mão de Amine Ghanem, enólogo da Dom Pérignon, o seminário técnico reuniu um grupo de produtores de espumantes portugueses, contando ainda com a participação de Luísa Amorim, CEO e Presidente da Quinta da Taboadella, e de Francisco Campos, responsável de I&D para o segmento dos espumantes da Amorim Cork. Francisco Campos partilhou, com os participantes, os resultados de trabalho científico sobre o impacto das rolhas de tirage no processo de envelhecimento dos diferentes tipos de em garrafa.

PROVA CEGA

“À volta de uma mesa, este grupo de pessoas apaixonadas pelo vinho partilhou experiências em torno de uma rolha de cortiça” resumiu Amine Ghanem, acrescentando que o encontro permitiu perceber o porquê de escolher a rolha de cortiça: “A rolha enquanto ligação entre dois elementos da natureza, entre o solo e o vinho”. O seminário, referiu o enólogo, permitiu aprofundar o conhecimento sobre estes “projetos de inovação, de qualidade, e de hedonismo, logo de prazer”.

Um prazer que se reflete no encontro entre a rolha de tirage e o vinho em estágio, e no impacto que este vedante tem na evolução do vinho nas borras de tirage.

Depois de uma sessão “efervescente” num cenário único, o dia finalizou com uma prova comparativa sensorial da excecional Cuvée Dom Pérignon 2018, estagiado em vedante de cortiça e em cápsula. O grupo de profissionais reconheceu a superioridade do Champanhe estagiado com rolha de tirage comparativamente à cápsula.

Luís Cabral de Almeida, enólogo da Sogrape, referiu: “Fiquei muito contente porque com uma referência francesa como a Dom Pérignon, com um produto tão português como a rolha, conseguimos ter uma diferença tão grande na tiragem - neste caso de Champanhe, e esperemos todos nós usar no espumante”.

Celso Pereira, da Vértice, Caves Transmontanas, elogiou o trabalho desenvolvido com a Amorim Cork no sentido de “aprendermos o que é que o envelhecimento ou a tiragem com rolhas podem majorar qualitativamente e com repercussões no mercado.”

Marta Lourenço, enóloga da Murganheira, testemunhou que “Ao princípio, o espumante com tiragem com carica tinha um nariz ligeiramente mais aromático, mais romântico, por assim dizer. O da tiragem com a rolha de cortiça tinha um nariz com notas mais intensas,  as um bocadinho mais redutivas. Depois deixei estar o espumante no copo e ao fim de cinco minutos, era exatamente o oposto: o espumante com a carica era um espumante banalíssimo. O espumante com a rolha de cortiça tinha o nariz sempre a crescer, a boca, uma  elegância, uma coisa genial.”

A Amorim Cork, com este evento, pretendeu partilhar com os enólogos portugueses o estado de arte das suas rolhas de espumante, resultado de uma longa cooperação científica e enológica com os seus principais clientes.