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O Master of Wine, Martin Reyes, refere que considera a cortiça como o único vedante sustentável para o vinho

26 Set / 2023

Martin Reyes, diretor-geral da Peter Paul Wines, sediada no vale de Sonoma, é o primeiro Master of Wine de ascendência mexicana.

O americano de primeira geração construiu uma carreira prolífica como comprador, importador, educador, orador, juiz, escritor e enólogo e, em 2018, lançou a Reyes Selections, um pequeno portefólio dos seus produtores favoritos, escolhidos com base numa experiência de anos a adquirir vinhos a nível global para o mercado dos EUA.

Em novembro de 2022, escreveu um artigo para a 100% Cork sobre a razão pela qual renovou o seu compromisso para com a cortiça e considera agora que é o único vedante verdadeiramente sustentável para o vinho.

Explica que, quando integrou o setor vinícola, há duas décadas, ganhava terreno a ideia de que a cortiça era uma opção “complicada”, devido ao risco de gosto a rolha.

Mas afirma que as perspetivas mudaram drasticamente, devido à inovação que reduziu as taxas de contaminação em “99% desde que os registos do TCA foram tabulados pela primeira vez pelo Cork Quality Council em 2001”.

Além das melhorias em matéria de controlo da qualidade, Reyes considera que a cortiça é agora o melhor vedante porque “a sustentabilidade é tão importante como a qualidade do vinho (ou, na verdade, qualquer outra coisa). Muitas pessoas no nosso setor assimilaram finalmente a noção de que proteger as dádivas do nosso mundo é tão importante como desfrutá-las”, acrescentando: “Os motivos de atração da cortiça em termos de sustentabilidade são tantos que um ambientalista como eu não é capaz de resistir.”

Cita considerações fundamentais como o facto de os sobreiros não serem cortados para produzir cortiça e de os montados de sobro serem sumidouros de carbono e um dos 36 hotspots de biodiversidade do mundo: “Todos os anos, estas florestas ‘bebem’ o equivalente em carbono ao que é gerado por 1,5 milhões de automóveis.”

Também elogiou os processos de sustentabilidade da indústria da cortiça, incluindo a reciclagem e os fluxos de resíduos.

 

Referiu ainda os seguintes factos essenciais:

  • 700 milhões de euros de investimento em I&D+I na indústria da cortiça nos últimos 15 anos.
  • A indústria portuguesa da cortiça sempre manteve os mais elevados padrões de qualidade nas diferentes fases de produção e transformação, incluindo iniciativas importantes para erradicar o TCA.
  • A cortiça é igualmente utilizada de forma eficaz noutras indústrias, como a dos transportes terrestres e espaciais.
  • As rolhas de cortiça têm uma pegada de carbono negativa e constituem “o vedante mais sustentável para os consumidores de vinho ecologicamente conscientes”.
  • A produção de vedantes de plástico exige 9 vezes mais emissões de gases com efeito de estufa, enquanto a produção de cápsulas de rosca de alumínio exige 24 vezes mais emissões do que a rolha de cortiça natural.
  • "Até agora, apenas a rolha de cortiça natural tem sido capaz de proporcionar este equilíbrio perfeito, permitindo a transferência consistente e lenta de oxigénio a fim de permitir a correta evolução do vinho e a formação de aromas terciários”.

 

Resumindo, Reyes afirmou: “Desde já confesso a minha história de amor com o Quercus suber, desta vez, pelas razões certas.”

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